na história;

A maquiagem pode ser definida como um meio com o qual o homem tem o poder de transformar-se. No decorrer da história da humanidade muitos povos procuraram marcar suas identidades utilizando-se da maquiagem como instrumento.

Com a fixação do homem a terra, sedentarismo, no período paleolítico surge os primeiros sinais de vaidade no homem. As diferenças hierárquicas são apontadas pelos adornos utilizados pelos Chefes das tribos para serem identificados, eles utilizavam garras e dentes de animais ferozes. No decorrer do tempo surgem as pinturas de guerra.

Nas civilizações antigas a busca por uma identidade por meio da maquiagem já era nítida. Na mesopotâmia surge produtos para maquiagem a base de carvão para os olhos, esse primeiro passo é importante para o desenvolvimento da cosmética sucessiva.

Na Babilônia (2000 a.C.) a técnica de pintura de rostos foi desenvolvida, as cores mais utilizadas eram o vermelho, laranja e o pó de ouro. Os reis os altos dignatários do fim do Império Assírio usavam as barbas e os cabelos salpicados de ouro e prata.

Na maquiagem Egípcia umas dos elementos mais utilizados é o Kohl (pigmento feito a base de sulfeto de antimônio), para alongamento dos olhos e a Uati (pigmento verde a base de malaquita) para na pálpebra inferior ou como sombra. As outras cores eram o branco, o vermelho para as maças do rosto, o azul para desenhar as veias sobre a fronte, o carmim para os lábios e o henné para pintar os pés e as mãos. Muito do que foi resgatado nas história da maquiagem e dos cosméticos foram registrados em papiros graças a escrita podemos ter conhecimentos desses detalhes estéticos das antigas civilizações.

Na Bíblia são mencionados perfumes e produtos cosméticos. As mulheres hebréias eram famosas pela beleza dos olhos que eram sublinhados com Kohl e o rosto era pintado com henné rosa.

As mulheres em Creta são descritas os afrescos do Plácio de Cnossos de maneira muito elegante, com cintura fina e seios fartos, contornados com vermelho. Os rostos são sempre bem maquiados com cremes que proporcionavam à pele um tom mais rosado, os olhos eram alongados com o Kohl, as pálpebras esfumadas de azul e verde e os lábios pintados de vermelho.

Já na Grécia a maquiagem era mais sóbria Kohl para os olhos, pigmentos brancos e usavam henné e índigo para tingir os cabelos. Em Roma a maquiagem era usada também por homens maquiados como atores.

Na China a beleza feminina é diferente e requintada. Definiam tipos femininos bem caracterizados. Desde os tempos mais antigos usa pólens coloridos para o rosto, óleos vegetais para dar brilho aos cabelos. A ideologia procura a harmonia, a serenidade, a higiene e a beleza.

No Japão o uso da maquiagem é social e é muito interessante. Nas ocasiões de convívio social as mulheres as mulheres passam sobre o rosto uma camada de goma de arroz. Resultam assim, uniformemente brancas e esteticamente niveladas, ou seja, elas passavam a ser iguais, isso permitia que não houvesse brigas e conflitos. Também demonstrava a sua capacidade de ser extremamente disciplinada.


Na maquiagem indiana já se podia encontrar um colorido mais alegre. Os indianos utilizavam o Kajal nos olhos, obtido pela fuligem da madeira de sândalo, unida ao óleo de récino ou de sésamo. Outras cores utilizadas a partir da extração de olhos vegetais é o vermelho, laranja ou azul para o disco sobre a fronte. Na força

Utilizavam o ubtán, é um creme à base de açafrão e henné, para dar cor ao rosto e ao corpo e o altá é um corante vermelho, em creme, para os lábios, que reforça o vermelho do bétel usado como mastigatório. Mas beleza não é tudo, principalmente nas civilizações orientais , um antigo cânone budista afirma: que a beleza de teu corpo esteja sempre em colóquio com a beleza da tua alma, enaltecendo os valores artísticos do primeiro, à luz dos valores espirituais do segundo.(...) ".

Do período da Renascença a Revolução Industrial as tendências provinham das cortes reais e dos palácios. Uma curiosidade é que nas cortes surgiram as chamadas mouches ou as "moscas". No início eram usados pequenos círculos pretos para esconder pequenas imperfeições, depois passaram à ter formas mais fantasiosas de pequenos desenhos. Neste século cheio de glamour os homens para tornar aparente sua paixão deveriam parecer pálidos, alguns desenhavam a gota da lágrima na face, de acordo com um texto da época.

Hoje a moda é um fenômeno universal. Não é mais as elites e os nobres que ditam a moda, mas sim os grandes veículos de comunicaçã.o em massa, como o cinema e a televisão

No teatro a maquiagem visa caracterizar um tipo humano. Procuramos através da maquiagem o Eu Idealizado na vida cotidiana, nas tribos selvagens ela define o status, e no teatro é utilizado auxiliar na construção do personagem diferente do ator. Isso em diversos aspectos: idade, sexo, aspectos físicos, etc. Dependendo do ideal que se quer atingir isso pode exigir muito da maquiagem.

O cinema com suas maiores possibilidades técnicas possibilitou elevar a maquiagem ao seu extremo. Dada essa crescente importância da maquiagem no cinema institui-se o Oscar na categoria Maquiagem em 1981. O primeiro premiado nessa categoria foi Rick Baker. Mas ainda há muito o que ser feito. Ainda nos nossos tempos é muito desvalorizada a maquiagem, não sendo reconhecido seu aspecto artístico. Faltam materiais e registros da importância da maquiagem e de seus usos no teatro e no cinema.